Biodiversidade brasileira unida à saúde e bem estar

O potencial do Brasil para liderar a bioeconomia global

O território brasileiro guarda riquezas naturais essenciais para o planeta; saber usar e preservar esse tesouro é imprescindível para a busca de alternativas econômicas sustentáveis que garantam o bem-estar da humanidade

A economia que protege a biodiversidade do Brasil. O território brasileiro guarda riquezas naturais essenciais para o planeta; saber usar e preservar esse tesouro é imprescindível para a busca de alternativas econômicas sustentáveis que garantam o bem-estar da humanidade

Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal são seis biomas terrestres brasileiros que, ao todo, reúnem cerca de 1,8 milhão de espécies. Tamanha riqueza natural coloca o Brasil no topo da lista das nações com maior biodiversidade, os chamados países “megadiversos”.

Esse rico ecossistema, além de conferir ao país um papel essencial na estabilidade do clima global, também o coloca em evidência na corrida pelo desenvolvimento científico, econômico e tecnológico de maneira sustentável, com o olhar voltado para o futuro da humanidade e do próprio planeta. Porém, para que as áreas científica, econômica e tecnológica funcionem em sinergia com a sustentabilidade é preciso, primeiramente, entender os desafios enfrentados pela sociedade nos últimos anos e décadas

A situação atual não é das mais fáceis: ao desmatamento desenfreado e à agricultura de grande escala (especialmente o cultivo de soja e a pecuária), que empobrece o solo com monoculturas extensivas, são somados a construção de hidrelétricas com alto impacto ambiental imediato e de longo prazo e a mineração em larga escala, entre outros fatores críticos. 

Esse contexto, bastante complexo, encontra com frequência apoio de setores governamentais avessos à conservação e hostis à necessidade do Brasil de preservar seus habitats naturais por meio de áreas protegidas e dificulta o avanço rumo à chamada bioeconomia.

Uma via para salvar o planeta

A bioeconomia se concentra no uso e na produção de produtos de base biológica, em vez dos insumos de base fóssil (como o petróleo), e pode minimizar algumas das principais ações existentes nos modelos econômicos mundiais em vigor, marcados pela exploração e degradação do meio ambiente.

Embora o modelo bioeconômico seja amplamente sobre a substituição de recursos fósseis por recursos de base biológica, três vias principais (competitivas ou complementares) da bioeconomia estão surgindo na literatura científica: recursos, biotecnologia e agroecologia. E a implementação de uma ou mais dessas visões em estratégias sustentáveis implica mudanças no uso da terra e, portanto, na prestação de serviços ecossistêmicos, com compensações notáveis.

Considerando a diversidade química e biológica do Brasil, é possível utilizar a natureza local ​​com sucesso e sustentabilidade para a criação de novos produtos com potencial de aplicação em diversas áreas e tecnologias, incluindo a produção de fitomedicamentos e fitoterápicos.

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Biotecnologia aliada à saúde

Ainda que o processo de industrialização dos últimos séculos tenha estimulado o consumo desenfreado e hábitos de vida que priorizam produtos sintéticos, a natureza sempre esteve na origem da fabricação de praticamente tudo o que é feito pelo homem.

Historicamente, as plantas forneceram aos indivíduos insumos para lidar com todas as necessidades essenciais dos seres humanos ‒ abrigo, vestuário, alimentação, aromas, fragrâncias e medicamentos, por exemplo.

A riqueza natural forma, por exemplo, a base de diferentes e sofisticadas vertentes da medicina milenar, como a ayurveda e a unani, ambas indianas, e a medicina tradicional chinesa. Do legado milenar desses saberes surgiram drogas importantes, que ainda hoje são utilizadas em larga escala, como é o caso da morfina, obtida da planta Papaver somniferum.

E hoje a busca por novos compostos naturais, bastante modernizada, ganha o impulso de recursos biotecnológicos, como a etnobotânica e a etnofarmacologia, para conduzir os processos químicos a outras fontes e classes de compostos.

É nesse contexto que a flora dos trópicos, em especial a do Brasil, tem um papel significativo a desempenhar. Por guardarem a maior biodiversidade de plantas, com mais de 4 mil espécies catalogadas, as florestas brasileiras têm potencial para fornecer novas pistas a cientistas, médicos e pesquisadores de todo o mundo.

Biotecnologia aliada à saúde

A biotecnologia é fundamental para potencializar e fazer avançar os estudos de plantas medicinais, produzindo resultados como:

  • Técnicas baseadas em DNA e seu sequenciamento empregadas para resolver ambiguidades na identificação e classificação de espécies de plantas;
  • Métodos in vitro de cultura de tecidos e órgãos de plantas utilizados para produzir metabólitos bioativos (alcaloides, flavonoides, terpenoides, etc.) sob condições definidas;
  • Técnicas de DNA recombinante feitas para manipular vias metabólicas e produzir produtos farmacêuticos proteicos, como anticorpos e hormônios proteicos; e
  • Novas disciplinas de Bioinformática e Genômica para encontrar aplicação na descoberta de medicamentos a partir de produtos à base de plantas.

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